domingo, 29 de junho de 2014

''O lado bom do Haiti'' - WELCOME TO HAITI

Reportagem BBC Brasil: Haiti quer voltar a explorar seu potencial turístico.

15 Curiosidades do Haití

1. A República do Haiti é um país das Caraíbas que ocupa o terço ocidental da Ilha de São Domingos. Sua capital e cidade mais populosa é Porto Príncipe.
2. A ilha tem formato semelhante à cabeça de um caimão, pequeno crocodilo abundante na região, cuja "boca" aberta parece pronta a devorar a pequena ilha de La Gonâve.
3. Após uma revolta de escravos, em 1794, o Haiti tornou-se o primeiro país do mundo a abolir a escravidão. Nesse mesmo ano, a França passou a dominar toda a ilha. Em 1801, o ex-escravo Toussaint Louverture tornou-se governador-geral, mas, logo depois, foi deposto e morto pelos franceses.
4. Em 1815 Simon Bolívar refugiou-se no Haiti, após o fracasso de sua primeira tentativa de luta contra os espanhóis. Recebeu dinheiro, armas e pessoal militar, com a condição de que abolisse a escravidão nas terras que libertasse.
5. Em 12 de janeiro de 2010, um terremoto de proporções catastróficas, com magnitude sísmica 7,0 na escala de Richter, atingiu o país a aproximadamente 22 quilômetros da capital, Porto Príncipe.
6. Em 3 de fevereiro, o Premiê Jean-Max Bellerive afirmou que já passavam de 200 mil o número de óbitos, e o número de desabrigados podia chegar aos três milhões. Diversos países disponibilizaram recursos em dinheiro para amenizar o sofrimento do país mais pobre do continente americano.
7. A miséria corrói o Haiti de ponta a ponta. Os dois milhões de habitantes de Porto Príncipe vivem cercados por lixo. Água potável é artigo de luxo por ali. Quem não pode pagar para tê-la, lava a comida, o corpo e a roupa no esgoto que corre a céu aberto.
8. A cana-de-açúcar é um produto muito fácil de encontrar pelas ruas. É vendida normalmente em carrinhos de mão; descascada, cortada em palitos e embalada em sacos plásticos.
9. Na Capital pode-se encontrar, ou na maioria das vezes ouvir, vendedores anunciando seus produtos que vão desde papel higiênico, bacias, galinhas, peixes a materiais de limpeza além de várias outras coisas de uso pessoal e doméstico.
10. A pintura no Haiti converte-se quase em uma arte de viver, invadindo calçadas, paredes e casas. Por todas as partes são oferecidas pinturas por diversos preços.
11. Também existe uma pintura erudita de grande qualidade. Os jovens pintores modernos surgem no mundo da arte contemporânea, e a pintura haitiana está representada atualmente nos melhores museus dos Estados Unidos e da Europa, e em algumas prestigiosas coleções privadas.
12. A música é a segunda manifestação cultural da ilha e também a que maior influência tem tido fora de suas fronteiras. O merengue é o rítmo tradicional que, vibrante e rápido, faz dançar de forma livre e ao qual é quase impossível resistir.
13. O transporte público é feito pelos famosos tap-taps as pequenas caminhonetes coloridissímas. Estranhos, barulhentos, ao ritmo dos últimos merengues de moda, cobertos de luzes, decorados com legendas cheias de graça ou enigmáticas: "A vida louca", "Minha doce Simone, no fim voltas-te!", "O fruto do meu trabalho", "Os funerais do reis de França", "Do eterno, ao fim!".
14. Os haitianos são super patriotas e não é raro encontrar um morador de Porto Príncipe sacudindo uma bandeira. Eles tem um enorme orgulho de ser uma das primeiras colônias a declarar independência nas Américas e um enorme ressentimento dos anos de ditaduras cruéis que impediram o desenvolvimento do país.
15. O país possui uma rica gastronomía cujos ingredientes principais são a carne de porco, o arroz, os peixes e o marisco. Entre os pratos mais típicos encontram-se o griot, preparado com carne de porco e o labí, feito com lagosta, arroz e yon yon.

Fonte: http://pt.shvoong.com/society-and-news/culture/2266518-15-curiosidades-hait%C3%AD/#ixzz364MdFSAv

Continuação - Cultura Haitia 2

Zumbis

Os zumbis são personagens comuns no folclore haitiano. Pesquisadores que estudam a cultura haitiana relacionaram inúmeras histórias de corpos que voltaram à vida graças aos sacerdotes ou feiticeiros de vodu. Os zumbis são escravos descerebrados. Eles não têm autoconsciência e não chegam a representar perigo, a não ser que comam sal, o que restaura seus sentidos. Essas histórias são muito difundidas e parecidas com as lendas urbanas: elas mexem com os medos mais profundos dos ouvintes e parecem reais, apesar de improváveis.
Mesmo depois de documentar várias histórias e boatos, os pesquisadores encontraram poucas evidências sólidas que explicassem ou provassem o fenômeno. Em geral, os supostos zumbis receberam nenhum ou poucos cuidados médicos antes de morrerem. Os pesquisadores também tiveram problemas em lidar identidades trocadas e fraudes.
Em 1980, um homem apareceu numa vila rural do Haiti dizendo ser Clairvius Narcisse, que havia morrido no Hospital Albert Schweitzer, de Deschapelles, Haiti, em 2 de maio de 1962. Ele se dizia consciente mas paralisado durante sua suposta morte: ele até teria visto o médico cobrir seu rosto com um lençol. Narcisse disse ter sido ressuscitado e transformado em zumbi por um sacerdote.

Cultura Haitiana 2

- LINGUA PREDOMINANTE


O crioulo haitiano, também conhecida como créole, é um idioma falado por quase toda a população do Haiti (8,5 milhões), havendo ainda cerca de 3,5 milhões de imigrantes que falam o crioulo haitiano em outros países, tais como Canadá, Estados Unidos, França, República Dominicana, Cuba, Bahamas.

Apresenta dois dialetos distintos, o fablas e o plateau. Muitos haitianos falam quatro línguas, o crioulo, francês , espanhol e inglês.

A outra língua oficial do Haiti é o francês, idioma no qual o crioulo do Haiti se baseia, sendo que 90% do seu vocabulário vêm dessa língua. Outros idiomas também influenciaram o crioulo haitiano, dentre os quais o taino (nativo da ilha), algumas línguas do oeste da África .

Cristianismo

Cerca de 95% da população afirmam professar crenças cristãs e, a denominação mais professada, de longe, é o catolicismo romano. À semelhança do resto da América Latina, o Haiti foi colonizado por potências católicas europeias. Na sequência deste legado, o catolicismo é consagrado na Constituição haitiana como a religião oficial do Estado, e entre 80 e 85% dos haitianos são católicos. O Papa João Paulo II visitou o Haiti em 1983. Em um discurso na capital do país, [Porto Príncipe], ele criticou o governo de Jean-Claude Duvalier. Acredita-se que o impacto desse discurso sobre a burocracia Católica no Haiti, contribuiu para a sua remoção em 1986. Segundo a Igreja Católica no Haiti, as dez dioceses das duas províncias eclesiásticas do Haiti contam com até 251 paróquias e cerca de 1500 cristãos das comunidades rurais. O clero local possui 400 sacerdotes diocesanos e 300 seminaristas. Há também 1.300 religiosos sacerdotes missionários pertencentes a mais de 70 ordens religiosas e confrarias.

Outras denominações cristãs

 Entre 10 e 15% dos cristãos professos do Haiti são evangélicos. A Igreja Ortodoxa Oriental possui missões no Haiti. A Igreja Adventista do Sétimo Dia e o pentecostalismo também possuem seguidores significativos.

Santos dos Últimos Dias

 A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias foi estabelecida no Haiti em 1977. O trabalho missionário aberto no Haiti foi em maio de 1980, sob a direção da Missão das Índias Ocidentais. Atualmente, existem 15.489 santos dos últimos dias no país.

Testemunhas de Jeová 

As Testemunhas de Jeová estão presentes com cerca de 16.000 membros, sendo que mais de 65.000 tem assistido suas reuniões ou participando de seus cursos bíblicos. As Testemunhas estão promovendo sua educação bíblica no Haiti por mais de 80 anos. Em 2009 tiveram um aumento médio de 5%. Relatórios oficiais indicam que a Associação internacional das Testemunhas de Jeová prestou ativamente ajuda humanitária ao povo do Haiti, após o Terremoto do Haiti de 2010.

Vodu

É muito comum a prática de Vodu no Haiti. Estimasse que 80% dos católicos do país praticam os rituais de vodu. Também conhecido como vodoo, esta religião de origem africana é também considerada a religião oficial do país desde 2003.

Islamismo 

Existe uma pois são pequeninos pequena comunidade muçulmana no Haiti, principalmente, residente em Porto Príncipe e seus subúrbios. A história do Islã no Haiti

A culinária e as comidas típicas do Haiti

Sabemos que após a tragédia o Haiti passa por dificuldades, pobreza e muita miséria, apenas cerca de 10% da população haitiana tem acesso à água potável. Nas regiões mais pobres as pessoas fazem "biscoitos de barro" com água e sal, para ter o que comer.
Apesar do problema da fome, a culinária haitiana é bastante diversa. Uma variedade de pratos que lembram muito a brasileira, principalmente pelo consumo do arroz e feijão e pela utilização de temperos e pimenta. A cozinha haitiana é fortemente influenciada por outras culturas, como a indígena, africana e europeia, a fusão destes da origem a uma gastronomia rica e variada. Carne de porco, arroz, frutos do mar e frutas tropicais são ricas e comuns nas cozinhas haitianas.
Os pratos típicos incluem arroz e feijão, banana frita, arroz com ervilhas, carne de porco frita, acra, que são fritos e temperados com especiarias abundantes, raízes, sopa picante com peixe ou carne, Tassot, consistindo de peru, carne de vaca ou de cabra preparado com um marinado picante e lagosta cozida ou grelhada, bacalhau à crioula, entre outros.
Quanto bebidas existem ricos sucos de frutas (abacaxi, mamão, manga, goiaba, etc.) Além de outras bebidas populares como rum e licor de coco.
Tassot. Comida típica do Haiti.
Acra com repolho.

Música

A música no Haiti é considerada a segunda maior manifestação cultural, além de sua maior influência vir de fora.
O merengue (dança nacional dominicana) muito conhecido no Haiti, é um ritmo de origem crioula trazidos pelos escravos africanos para as Américas. Era considerado um ritmo vulgar e letras não religiosas, além de pouco musicais, mas foi ganhando destaque ao longo dos anos.
Em seu estilo mais popular, destacam-se instrumentos como saxofones, acordeões, trompetes e teclados, mas seus instrumentos mais típicos são: acordeon, güira (espécie de lata de forma cilíndrica) e bumbo.
É também considerado uma dança alegre, além de contagiante, com passos fáceis que permite ao dançarino mostrar seu “gingado”.

Güira. Instrumento utilizado em músicas haitianas.

Cultura

O Haiti é conhecido por suas ricas tradições folclóricas. O país tem muitos contos mágicos que fazem parte do Vodou haitiano. O ditador Papa Doc era um crente forte no folclore do país e de elementos utilizados para orientar o seu governo brutal do país.
Muitos dos escravos levados à Hispaniola do centro e norte da África nos séculos 16 a 18 praticavam o vodu. Mas o código de escravatura da ilha exigia que todos os escravos fossem batizados como cristãos. A conversão forçada teve grande influência sobre o vodu. Já que os escravos ficaram proibidos de observar abertamente os costumes de sua religião, tomaram de empréstimo diversos elementos do catolicismo a fim de proteger suas práticas espirituais.
Todos os anos, os moradores de Jacmel – cidade costeira no sul do Haiti – se transformam em personagens de contos mitológicos para celebrar o Carnaval. A festa é
uma mistura de vodu clandestino, memórias de ancestrais, sátiras políticas e revelação pessoal, acompanhados de histórias contadas pelos participantes.
Carnaval no Haiti.

Esporte

No início do século XX, foi relatado que a briga de galo era o esporte mais popular no Haiti, apesar de sua popularidade, ter, posteriormente, decrescido. Atualmente, o futebol é o esporte mais popular no Haiti, apesar de o basquete estar crescendo em popularidade. Pequenos clubes de futebol já competem a nível local.
Um exemplo de um time de futebol é o Aigle Noir Athlétique Club é um clube de futebol haitiano com sede na cidade de Porto Príncipe (ou Port-au-Prince em haitiano criolo). Compete na Primeira Divisão do Campeonato Haitiano de Futebol.criolo).
Aigle Noir Athlétique Club – Time de Futebol haitiano.

Fontes bibliográficas: http://bistrocultural.com/1734/carnaval-no-haiti.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_do_Haiti http://haiti3c.blogspot.com.br/2011/06/musica-haitiana.html http://fiqueepordentro1.blogspot.pt/2010/08/culinaria-haitiana.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Aigle_Noir_AC

segunda-feira, 23 de junho de 2014

 Política


Qual é a situação social e política no Haiti hoje?
A situação política no Haiti é a pior. O país está cada vez mais nas mãos de corporações transnacionais e governos imperialistas. São estes últimos que, agora, o administram totalmente. Claro que em defesa dos seus próprios interesses. De fato, apoiando-se nos lacaios do executivo e do parlamento, eles conseguiram aprovar leis que reduzem o salário mínimo (não só em termos nominais). Ainda segundo essa realidade, os produtos de primeira necessidade, transporte, serviços médicos ou ainda habitação, aumentam sem parar.
O povo protesta diariamente. No entanto, a força de ocupação, a MINUSTAH (Missão das Nações Unidas para a “chamada” Estabilização do Haiti) e a Polícia Nacional reprimem fortemente o tempo todo. Assim, as manifestações múltiplas são quase impossíveis ou, pelo menos, desembocam sempre em duras repressões e muitas vezes em confrontos de rua.
Globalmente, a situação social, consequência da dominação política e econômica do imperialismo, piora diariamente.
Quais são as forças políticas presentes atualmente?
Pouco a pouco ressurgem os partidários, que já tinham acumulado o suficiente. São demasiado ricos, hoje, para querer investir o dinheiro roubado durante seus trinta anos no poder. A presença de seu líder principal, Jean-Claude Duvalier, ajuda a reagrupar e estruturar o grupo.
Sua forma de governo atual é o presidencialismo.

   História

O território que atualmente corresponde ao Haiti era ocupado por índios arauaques, quando, em 1492, Cristóvão Colombo chegou à ilha. Os espanhóis batizaram o lugar de Hispaniola, ocupando, primeiramente, a porção oriental do território. Escravizaram os índios que ali vivam, e até o final do século XVI, a população nativa foi reduzida em quase toda sua totalidade.
Em 1697, através da assinatura do Tratado de Ryswick envolvendo Espanha e França, a parte ocidental da ilha, onde atualmente fica o Haiti, foi cedida à França, recebendo o nome de Saint Domingue, sendo a mais importante possessão francesa nas Américas, onde ocorreu o cultivo de açúcar com a utilização de mão de obra escrava africana. Porém, os escravos africanos, influenciados pela Revolução Francesa, rebelaram-se em 1791, liderados pelo ex-escravo Toussaint L’Ouverture.
A abolição da escravidão ocorreu no ano de 1794, Toussaint foi nomeado governador vitalício em 1801. No entanto, uma expedição francesa encarregada de reconquistar a ilha prendeu Toussaint, que fora enviado para França, onde morreu em 1803.

Jean-Jacques Dessalines, antigo escravo, deu continuidade ao movimento de resistência, o resultado foi positivo, pois o país obteve sua independência no dia 1° de janeiro de 1804 e passou a se chamar Haiti, sendo a primeira República Negra das Américas e o primeiro país latino-americano a se declarar independente.
A elite, composta por mulatos, ficou insatisfeita com a nova política instalada no país, e, em 1806, tomou o poder após o assassinato de Dessalines. O Haiti teve sua administração fragmentada, o norte ficou sob domínio de Henri Christophe, o sul foi governado por Alexandre Pétion. Somente em 1820, sob o governo de Jean-Pierre Boyer, o país foi unificado.
Um dos períodos mais conturbados da história do Haiti teve início em 1957. Naquele ano, o médico François “Papa Doc” Duvalier foi eleito presidente da nação, instalando um regime ditatorial baseado na repressão militar que perseguiu muitos opositores – inclusive a Igreja Católica –, sua guarda pessoal, os tontons macoutes (bichos papões) eram os responsáveis pelos massacres.
O Papa Doc foi assassinado em 1971, no entanto, seu filho Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, assumiu a presidência do Haiti, dando continuidade às perseguições. Os protestos populares contra o regime ditatorial se intensificaram, e Baby Doc fugiu para a França em 1986, deixando no poder uma junta chefiada pelo general Henri Namphy.
Sob nova Constituição, realizaram eleições presidenciais livres em 1990, a maioria dos eleitores (67%) optou pelo padre esquerdista Jean-Bertrand Aristide. Porém, no mesmo ano, Aristides foi deposto por um novo golpe militar e a ditadura foi novamente imposta no país. A Organização das Nações Unidas (ONU) impôs sanções econômicas ao Haiti para forçar a volta de Aristides. Somente em 1994, Aristide retornou ao cargo de presidente do Haiti.
Entretanto, os problemas no Haiti persistiram, fazendo com que Aristides fugisse para a África em fevereiro de 2004 e, atualmente, o país sofre intervenção internacional pela ONU.
Além de todos esses entraves políticos, a população haitiana enfrenta vários problemas de ordem socioeconômica. O Haiti é o país economicamente mais pobre das Américas, cerca de 60% da população é subnutrida e mais da metade vive com menos de 1 dólar por dia.

Em janeiro de 2010, um terremoto de magnitude 7,0 na escala Richter atingiu o país, provocando uma série de feridos, desabrigados e mortes. Estima-se que mais de 120 mil pessoas morreram em consequência desse terremoto.